terça-feira, 31 de maio de 2011

Alexej Schipenko

Alexej Schipenko nasceu em 1961, em Stavropol (Rússia), e cresceu em Sebastopol (Ucrânia). 
Schipenko começou muito cedo a escrever monólogos e poemas.
Guitarrista, animador de um grupo de rock, estuda na Escola Estúdio do Teatro de Arte de Moscovo. A sua primeira peça O Observador (1984) é representada por um dos gurus da cultura paralela. A marca do rock lê-se no estilo sincopado de A Morte de Van Helen (1987), peça que obteve um enorme sucesso junto dos jovens espectadores que se reconhecem nos personagens marginais em crise.
Desprovida de psicologia, a obra de Schipenko abre uma questão sobre o Fim da Humanidade, num caos de imagens e através de discursos paródicos embelezados de clichés de "língua de pau" (Arqueologia de 1988 e Um cadáver Vivo, de 1990). Schipenko, que já foi um futebolista profissional consagrado, vive em Berlim desde 1992, onde no ano seguinte dirige a sua obra Da Vida de Komikaze. Entre outros teatros, o encenador trabalhou no Baracke Deustches Theater, dirigido por Thomas Ostermeier que encenou a sua peça Suzuki e com quem trabalha regularmente.
Entre 1981 e 1991 escreveu um grande número de peças: Arqueologia, Verona, Economia Natural a Shambala, o Meu Mercedes Branco, O jardim... Depois escreveu The New Field Theory, A Casa dos Leões, Moscovo - Frankfurt, A Nova Mulher de Poskryobieksi, Las Russian Play, A Minha pátria é a Rússia..., e ainda a peça-filme Kursk que estabelece um paralelismo entre o romance de D. Pedro e Inês de Castro, o afundamento do submarino Russo no mar do Norte e o terrorismo na Tchechénia.
Em 2005 e 2006 encenou na Companhia de Teatro de Braga as peças A Vida Como Exemplo e Praça de Touros, escritas propositadamente para a CTB, e em 2008 encenou Os Lusíadas, a partir da obra de Luís de Camões.
Alexej Schipenko é um dos mais radicais autores russos, na procura de uma nova escrita dramática.

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